Em discurso, Dilma deve apontar brechas no processo de impeachment

Restando menos de uma hora para o início do depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) no Senado, o plenário ainda está vazio. Apenas jornalistas se distribuem no pequeno espaço para imprensa.

A expectativa, após o jantar da base de Dilma acontecer no apartamento da senadora baiana Lídice da Mata (PSB), é grande no que se refere ao tom do discurso da presidente. Apenas 13 senadores participaram da reunião. Embora o número seja símbolico, é o número que representa o PT nas urnas,  a quantidade foi menor que esperada pelos assessores da presidente e, neste sentido, Dilma optou por fazer o discurso 1. Dois tons haviam sido elaborados por ela e sua equipe mais próxima.

A petista virá ao plenário para falar abertamente, ao menos pelo que foi possível apurar, sobre as brechas do processo e legados petistas após estes anos à frente da República. 

Denunciará o que considera o golpe, menos para convencer os senadores que, diga-se de passagem, já estão com a decisão tomada, e mais para que possa entrar para a história. 

Lula esteve com a presidente nos últimos dois dias e virá ao Senado. Também são esperados o ex-ministro Jaques Wagner e outras figuras que eram auxiliares da petista no Planalto.