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A greve nacional dos bancários completou duas semanas nesta terça-feira (21) e já paralisa as atividades em 951 agências no estado, sendo 271 em Salvador, de acordo com estimativa do sindicato da categoria. Para o presidente do órgão, Augusto Vasconcelos, existem intimidações por parte dos empresários no sentido de tentar judicializar a greve e criminalizar o movimento. Segundo ele, há também ameaças de demissões e assédio moral por parte dos empresários. "Não há nada que possa se considerar ilegal. Achamos ruim esse tipo de postura, pois preferíamos resolver de forma pacífica. A postura deles é incompatível com o lucro que os bancos tiveram no primeiro semestre", analisa. Augusto alega que os bancos podem usar o instrumento do interdito proibitório, que protege posses de agressões iminentes. "Sempre eles ameaçam para criminalizar a nossa greve em uma tentativa de dizer que estamos tomando a propriedade deles quando colocamos faixas, por exemplo. O que nós estamos fazendo é manifestação na porta de agências. Eles querem fazer é caracterizar essa manifestação como uma tomada de posse", afirmou. Depois de reunião na última quinta-feira (15), as duas partes interromperam as negociações e ainda não há perspectiva de quando elas devem ser retomadas. Os trabalhadores pedem reajuste salarial de 14,62%, ou seja, reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real, PLR de três salários mais R$ 8.317,90, contratações, atenção à saúde, segurança e melhores condições de trabalho. Os bancos, por outro lado, oferecem reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil. Para Augusto, o caminho ideal é o da retomada das negociações, para que não haja mais prejuízo aos trabalhadores, às empresas e à população. "A greve respeita todos os preceitos da lei, cumpre tudo que é estabelecido na legislação", garante.

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